No mês da Amazônia deste ano, fui convidada a falar sobre o que procuro em profissionais para a Iniciativa Café Apuí Agroflorestal, que recupera e conserva áreas de floresta amazônica na Feira Norte do Estudante em Manaus.
Acho muito importante esse tipo de evento que apresenta uma diversidade de oportunidades para quem está procurando decidir sobre seu futuro de vida, pois muitas vezes não temos noção de como é o mundo do trabalho depois da escola ou da universidade. E é necessário estimular a reflexão desde o início da vida do estudante sobre o que ele quer trazer para o mundo com sua energia e capacidade de transformação, qual o impacto que o seu trabalho vai causar no mundo.
Quando falamos que a sociobioeconomia é transformadora, precisamos pensar na transformação necessária também no mercado de trabalho. Com essa mudança, podemos desencadear o desenvolvimento das empresas no sentido da sustentabilidade, com profissionais que demandam e promovem essa mentalidade no local de trabalho.
Agradeço pela oportunidade de conexão com esse público através da Feira Norte do Estudante e pelo despertar dessa reflexão. A Feira deu exemplo ao promover essa discussão aos jovens e mostrou como podemos trabalhar para ter mais espaços, mais promoções e divulgação do mercado da sociobioeconomia.
Assim como queremos que a sociobioeconomia deixe de ser "a outra" economia, precisamos incorporá-la organicamente ao mundo do trabalho. Dos processos seletivos aos eventos de emprego, das plataformas de emprego às empresas contratantes.
Trazemos essa reflexão como um convite, já que não temos o gabarito, para pensarmos como podemos transversalizar a sustentabilidade no mundo do trabalho. Todos os empregos causam impacto no mundo, mas será que sabemos medir o nosso? E temos condições de escolher de qual impacto queremos fazer parte?
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